quarta-feira, 24 de agosto de 2011

e a greve geral no Chile?

Para hoje e amanha, a CUT daqui, o maior sindicato de trabalhadores, convocou uma greve geral de trabalhadores. A lista de reivindicações tem pelo menos uns seis motivos declarados, e obviamente muita polemica. Dentre as petições, além de se somarem aos estudantes no pedido de educação gratuita, também está o pedido de reforma tributária, reforma no sistema de previdência, um novo código de trabalho e uma nova Constituição. Em suma: plástica, lipo, botox, reforma total.

Segundo os opositores da greve, onde se inclui o segundo maior sindicato de trabalhadores do Chile, todas estas reivindicações têm sua origem em ações realizadas pelos anteriores Governos da Concertación, partidos de esquerda que hoje estão na oposição. Porém, nesta época, alegam, ninguém fez greve nem saiu as ruas pedindo por condições diferentes. Portanto, a greve seria política, para desestabilizar o atual Governo, de direita.

Seja lá qual for a motivação, fato é que, até onde vi, a greve não pegou. Claro, não recomendo a ninguém que vá ao centro da cidade, local clássico das marchas e das provocações dos “encapuchados” (quem cobre o rosto para não ser identificado) aos carabineiros. Mas onde eu moro, e onde trabalho, vida absolutamente normal. De manha cedo, estava tudo muito silencioso, pouca gente na rua, assim que me deu um pouco de medo de sair de casa e ser assaltada por espertos de plantão, que aproveitam a concentração de carabineiros em outro lado para roubar. Saí um pouco mais tarde, as ruas já estavam cheias; no trabalho encontrei todos os companheiros, as pessoas para as quais telefonei trabalhavam normal, o comercio todo aberto... De greve, nem sinal.

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