Sul do Chile

Nesta viagem para o sul do Chile, em Abril, fomos conhecer um dos circuitos Lagos e Vulcoes: as cidades ao redor do Lago LLanquihue, Chiloe, Puerto Montt e o cruce andino, até à Argentina. Em enxutos 5 dias, tivemos um panorama geral da região, que vale muito a pena ser visitada.

O aeroporto fica em Puerto Montt, que é a maior cidade da regiao. O maior atrativo é o Mercado Angelmó, onde atracam pequenos barcos vendendo mariscos e peixes frescos, e lojinhas de artesanatos tipicos de la e madeira, que fazem a alegria dos turistas. Normalmente o almoço é por ali mesmo, mas uns amigos locais nos recomendaram o mercado de cima, frequentado pelos locais. A ideia era ir até la para comer o prato tipico, curanto, ou uma calderada de cholgas ahumadas. Só que chovia a cantaros, e o tal mercado de cima foi abduzido pela tempestade, nao aparecia nem no GPS... Rodamos uma meia hora, pegamos até engarrafamento, e nada de dar com o mercado. Nos salvou o Trip Advisor, que recomendava como 3o melhor restaurante de Puerto Montt, e o primeiro de peixes, o Chile Picante. Otima pedida! Veja minha avaliação aqui: Discreto sabor do Sul

Para dormir, fomos para Puerto Varas, cidade menor e bem mais charmosa. De lá seria a base para os passeios pela zona. E demos uma sorte incrivel, pois o cartão postal da cidade e do lago, o lindo vulcão Osorno, se via completo! Sorte porque por lá chove uns 300 dias no ano...



 #cruceandino

Num lindo dia de poucas nuvens, fizemos o cruce andino. São 3 barcos e 4 onibus para atravessar do Chile à Argentina. Mas se a sua ideia for voltar para o Chile, nem precisa de toda essa maratona, vá só até Peulla. O cruce do Lago Todos los Santos é o mais lindo da viagem, e olha que ainda pegamos umas nuvens...

As agencias de viagens e hotéis nem haviam apresentado essa opção. Esse é um ponto negativo da região, fiquei com a má impressão de que eles fazem tudo para você comprar ou consumir o mais caro... O que é uma bobagem estratégica, pois teríamos passado mais tempo no Chile e consumido mais. Fora que a experiência em Bariloche foi péssima! Chegamos a noite, o ônibus de volta já saia as 8h da manhã e fomos roubados pelo taxista que nos levou á rodoviária... Só deu para jantar fora, num restaurante simpático, mas definitivamente, não valeu a viagem.

Assim que recomendo fortemente você ir direto ao cais de Petrohue, na beira do lago. O barco sai as 10hs e custa USD 48 ida e volta. Depois do lindo passeio de barco, você fica umas 3 hs em Peulla, ou de papo para o ar, ou fazendo algum passeio. Fizemos a cavalgada antes de seguir pra Argentina, e foi bem legal.

Para o cruce andino todo, pagamos USD 240, além do hotel em Bariloche, e as 5 horas de ônibus para voltar... Como estava nublado na volta, nem vimos muito a paisagem, e chegamos moídos ao hotel. Dia perdido...

Mas se você quiser ir ou voltar de ônibus, a dica é ir com a viação Cruz del Sur. Eles têm um rodomoço, que serve agua e cafezinho, além de ajudar na aduana. Muito bom serviço.

#lagollanquihue

Vale a pena alugar um carro para dar a volta ao lago. Apesar de não ser muito bem sinalizado, não tem como se perder. Ou melhor, tem, porque nos perdemos, rs. Mas foi porque fizemos um desvio do caminho... Na sequencia mostro onde foi.

O bom de alugar carro é que se pode parar quando e onde quiser. E isso é o melhor da volta ao Lago Llanquihue!

Saimos de Puerto Varas em direção a Frutillar. Pelo mapa, nao fica claro se pode entrar pela cidade de LLanquihue e ir beirando o Lago até Frutillar, mas resolvemos arriscar, e sim, pode e é uma parte bem bonita da viagem, passando pela Punta Larga.

Chegamos a Frutillar um pouco antes da hora do almoço, e fomos buscar a famosa Casa de chá Lavanda, que fica no alto de um cerro. Vale a pena a visita, pois a Casa é uma gracinha, cercada por plantações de lavanda, com uma vista linda ao Lago. Mas o atendimento foi pessimo, chegamos 15 minutos antes do almoço, e a atendente disse que ainda nao estava aberto, tinhamos que esperar fora do restaurante! Quase tivemos que implorar para comprar algumas lembranças... Mas devemos é agradecer à mal treinada atendente, pois substituimos a quiche que comeríamos na Casa de Chá por um belíssimo almoço no El Broceliande, que fica logo na entrada de Frutillar Baixo. Além da culinária refinada, o garçon Ruben ainda nos presenteou com a história da Região e varias dicas interessantes.

Em Frutillar, nao deixe de visitar o Teatro do Lago. Fique atento ao horário, ou reserve antes (http://www.teatrodellago.cl/web/archivo/programa-de-visitas-guiadas/). Não faça como nós, que nao nos programamos e não pudemos visitar por dentro.... Mas mesmo por fora, o Teatro é bonito, bem original.

Seguimos rumo a Puerto Octay, às vezes bem pela beira do Lago, às vezes a estrada corta terrenos de pasto, repletos de ovelhas e gado. Graças às indicações do Ruben, do Le Broceliande, encontramos uma cervejaria artesanal, Los Bajos. Pela cerveja, nao valeu muito a pena, mas a vista do Lago é sempre agradável.

Em Quilanto, topamos com uma simpatica casa de produtos gourmet, M Quesos. Aí mesmo degustamos varias queijos, com a nossa conhecida cerveja Kunstmann, e fizemos as compras do mês...rs.

 Embriagados de emoção com a descoberta, saímos do sitio pelo caminho errado, e nos embrenhamos pelo campo chileno, curvas e mais curvas de estrada sem avistar seres humanos, só gado e pasto. Lindo, mas o GPS apontava que estavamos nos afastando do Lago.... Demos uma volta danada, mas acabamos voltando para a estrada certa, e chegamos a Puerto Octay. Não vale a pena entrar, pelo menos sem guia. É uma cidade pequena, com algumas casa típicas alemãs, cujo estilo pode ser melhor apreciado em Puerto Varas. Antes de chegar à cidade, tem um mirante do lado direito. A cidade vista do Mirante é bem simpatica para fotos. 

Com a aventura de se perder no campo, perdemos também tempo, que nos fez acelerar o passo. Mesmo assim, nao deu tempo de subir o Osorno, como pretendíamos. Fica para a próxima. Alcançamos admirar o lindo por do sol um pouco antes de chegar a Ensenada.